quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Breathing under water

Quero por um momento poder fechar os olhos e ver que la dentro, que cá dentro, existe a hipótese.
A hipótese de voltar a sentir-me quente com o fogo. De me queimar com ele, de sentir a paixão arrebatadora com que te abracei em tempos. De sentir o desejo nas tuas palavras mas principalmente nos teus olhos.
Já não conheço os teus olhos.
Não consigo evitar desconhece-los..queria sabe-los de cor, lê-los como se lê um livro. Queria não ter a sensação que apenas estou a ver os desenhos da capa.
Queria sentir-me especialmente especial. Não apenas especial. Sinto-me exigente, sinto que a minha exigência não chega. Sinto que te quero apaixonar de novo e não consigo..temo que não consiga faze-lo.
Não sou nova, não trago nada de novo, nao sou nada mais que eu, o eu de sempre. Mas o eu de sempre que pensei ser arrebatador, já o foi. Agora é o Q.B. Sou aquele tempero que se puseres mais um bocado não vai fazer diferença.. Que se tiver a menos não estraga o cozinhado. É assim que me sinto.

Quero que o meu Eu chegue de novo para por o teu Tu com borboletas na barriga.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quando os temperos não resultam, é porque se está doente.
O tempero não está mal... Tu não estás mal.

Quem te devia dar valor é que está constipado.
Gripes de perder o Norte.
De perder... O sabor...

Asile disse...

Talvez assim seja, e, no anonimato, fez-me pensar:)Um abraço anonimamente meu!